É desde os tempos de Monteiro Lobato que passamos por um período de confirmação de nossos mitos populares, na medida em que somos invadidos por tradições, crenças e costumes alheios que, pouco a pouco, vão sendo enraizados em nossa cultura.
Por se tratar de um conhecimento dinâmico, o folclore é algo que possui vida própria e interage com tudo o que acontece ao seu redor, sofrendo fusões e mutações extraordinárias, mas que podem, paradoxalmente, levá-lo à própria extinção.
Não basta apenas existir, mas também ser cultivado de maneira generalizada por uma dada comunidade. Daí a importância de nos orientarmos no sentido de preservar nossas heranças folclóricas, já que estas compreendem propriedades basilares da cultura de uma nação.
Dignos de nosso respeito, os mitos populares merecem ser resgatados em vez de ficarem escondidos entre as penumbras da modernidade.
Por isso cito um dos meus mitos favoritos: o Saci.
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Ilustração: José Luiz Ohi |
Mito da liberdade.
Peralta, perneta
Que entre matas e mentes dança,
Descalço.
Duende de diabruras e redemoinhos.
Lua cheia
De caminhos…
Pega-pega!
Neguinho de píleo, cadê você?
Nunca mais te vi!